amor ideal

Você saberia dizer o que seria o amor ideal?

A ideia do amor ideal é sem sombra de dúvidas uma das fantasias mais compartilhadas na sociedade. Desse modo podemos ver essa idealização da pessoa perfeita exposta em vários setores da nossa cultura, dos livros até as grandes produções cinematográficas. Ainda assim, se costuma dizer que crer em um amor ideal é o maior inimigo das relações felizes. Contudo, por que ainda idealizamos o amor-perfeito?

Historicamente a ideia do amor foi moldada ao longo dos anos, mas o nosso cérebro ainda mantém uma imagem interna sobre como deveria ser a relação perfeita. Nesse sentido, vamos abordar nesse artigo a ideologia por trás do amor ideal e como ele pode ser prejudicial em algumas ocasiões.

O amor ideal realmente não existe

Talvez seja um pouco chocante para algumas pessoas chegarem a conclusão de que o amor ideal realmente não existe. De fato, é normal criar vários tipos de idealizações durante as nossas vidas sobre muitos aspectos. Ou seja, durante a nossa juventude é bastante comum imaginar aquela paixão perfeita protagonizada pela pessoa que corresponde com toda as nossas expectativas. Porém, depois de finalizada essa fantasia, na vida real ninguém conseguirá atingir esse patamar imaginário que criamos para nós mesmos.

casal

Assim sendo, quando experimentamos a vida tal e qual ela é, nos damos conta que na verdade as nossas expectativas não condizem com a realidade. Entretanto, esse é um ponto positivo para todo mundo, já que esse fator nos permite ser humanos e isso significa que não somos perfeitos e portanto, passíveis de cometer erros.

O que é o amor ideal e como explicá-lo

De acordo com o filósofo Zygmunt Bauman que desenvolveu a noção da sociedade líquida, todos ansiamos por amar es ser amados. Em outras palavras, na atualidade praticamente todos os indivíduos estão desesperados para se relacionar. Porém, ao mesmo tempo, são desconfiados e por isso preferem não se envolverem em excesso.

O amor provavelmente consiste em um dos sentimentos mais complexos do ser humano, porque além de envolver vários outros sentimentos. Também responde moldes e costumes culturais e sociais. Dessa forma, o amor ideal já passou por uma série de fórmulas através dos contextos históricos de cada sociedade.

Atualmente, segundo o sociólogo Anthony Giddens, vivemos o período do amor confluente. Nele, buscamos construir uma relação de igualdade entre o casal. Sendo assim, as pessoas já começam a sentir-se completas sozinhas e por isso escolhemos alguém para suprir outras necessidades. Em suma, estamos abertos a compartilhar nossa intimidade para suprir nossos desejos físicos de afeto, como também sexuais.

Uma promessa de que encontraremos alguém que nos fará feliz

Talvez o amor ideal esteja vinculado com a premissa que nos convence de que algum dia vamos encontrar a nossa alma gêmea. Por isso, alimentamos a ideia de que conheceremos alguém que coincida em todos os aspectos da nossa vida em uma relação harmoniosa e em sintonia perfeita.

amor

Entretanto, essa promessa de felicidade futura mascara um fato muito importante. Ou seja, entender que as vezes, a nossa “alma gêmea” será aquela que vire o nosso mundo do avesso, que desafie a nossa própria realidade e que nos faça ver o mundo por outros parâmetros. Por essa razão, entender que o amor ideal não existe será o primeiro passo para viver experiências reais entre duas pessoas que aprenderão e crescerão juntos.